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Redução de custos aumentaria o comércio com a Ásia em US$ 69.000 bilhões, segundo o BID

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As exportações da América Latina e do Caribe para a Ásia podem crescer 27% no médio prazo se os custos comerciais associados a tarifas, transporte e logística forem reduzidos, de acordo com um relatório do Banco Interamericano de Desenvolvimento. (BID), divulgado nesta segunda-feira (09.12.2019).

Conforme reportar "Aproveitando a conectividade: desbloqueando o potencial comercial da América Latina e do Caribe na Ásia" (em inglês), a redução dos custos do comércio bilateral criaria oportunidades de negócios no valor de cerca de US$ 69.000 bilhões e contribuiria para melhorar o bem-estar da população.

Em quase duas décadas, a participação da Ásia no comércio de bens da região triplicou de 9% em 2000 para 26% em 2018., um ano em que o comércio bilateral entre as duas regiões totalizou US$ 581.000 bilhões.

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A maior parte do crescimento deve-se ao comércio com a China, diz o relatório. Entre 2000 e 2018, as exportações da região aumentaram a uma taxa média anual de 20,4% para a China, 19,1% para a Índia, 13,7% para a Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN), 11,8% para a Coreia e 5,9% para o Japão, em comparação com 5,3% para o resto do mundo.

Entretanto, as economias da América Latina e do Caribe não diversificaram suficientemente suas exportações com produtos de maior valor agregado nos quais tenham uma vantagem comparativa, como alimentos processados. Esta oportunidade está ganhando força devido à crescente demanda asiática por alimentos. Espera-se que a classe média da Ásia chegue a 3.500 bilhões de pessoas até 2030.

"Nossos empreendedores estão mais do que prontos e aptos a encontrar novos mercados na Ásia para seus produtos.“disse Fabrizio Opertti, gerente do Setor de Integração e Comércio do BID. “O relatório descreve como os governos podem reduzir barreiras, tanto tarifárias quanto não tarifárias, e assim aumentar os volumes de comércio. com os países asiáticos, o que poderia levar a melhorias no bem-estar dos cidadãos".

Para atingir esse potencial, o relatório recomenda que a região maximize o uso dos 26 acordos comerciais existentes, assine novos tratados, reduza tarifas, melhore a infraestrutura física do comércio, reduza um conjunto de barreiras não tarifárias, faça melhor uso das medidas de facilitação do comércio e promova reformas de conectividade logística, entre outros.

Os custos comerciais entre as duas regiões estão entre os mais altos do mundo. As exportações da região pagam uma tarifa média de quase 10% para entrar na Ásia, enquanto as remessas asiáticas enfrentam taxas de cerca de 7%.

Investimentos em infraestrutura e redução de ineficiências nas alfândegas são prioridades já que, segundo o relatório, o índice agregado de desempenho logístico da América Latina e Caribe é 82% do da Ásia, lacuna que a região precisa fechar para competir internacionalmente.

 

 

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