A União dos Receptores de Cereais e Anexos (Urgara) anunciou uma cessação das atividades nos portos a partir das 19h de hoje até às 6h do dia 25 de março considerando que sua atividade “não é essencial” e que, segundo suas interpretações, não deveria ser incluída entre as atividades que estão excluídas do isolamento social decretado pelo Governo.
Segundo câmaras empresariais do setor, a greve comprometeria o carregamento de 18 navios, totalizando 2,2 milhões de toneladas de grãos, e elas esperam que o Ministério do Trabalho emita uma conciliação obrigatória.
Em nota, a Urgara, cujos trabalhadores são responsáveis pela classificação dos grãos nos portos, indicou que a organização vê "com profunda preocupação, como os empresários do setor agroexportador ignoram as regulamentações ditadas pelo presidente, fazendo interpretações errôneas, maliciosas e inapropriadas do art. 6º do DNU (parágrafos 13 e 15) que estabelece as exceções ao cumprimento da medida de isolamento".
Este artigo estabelece as atividades que estão isentas do isolamento social obrigatório para prevenção do coronavírus, incluindo aquelas relacionadas à produção, distribuição e comercialização agropecuária e pesqueira e aquelas "atividades inadiáveis relacionadas ao comércio exterior".
Segundo Urgara, "esta DNU não pode ser interpretada sem analisar o contexto em que foi emitida, a crise global causada pela pandemia, o crescente número de infectados e mortos devido ao vírus e sem levar em consideração as regulamentações emitidas anteriormente a ela".
“Tudo nos leva a concluir que nossa atividade não é essencial (exportadora), devendo ser mantido apenas o quadro mínimo de pessoal essencial, conforme indicam as Resoluções 202 e 207 do MTEySS”, destacou o sindicato.
O presidente da Câmara da Indústria Petrolífera e do Centro de Exportadores de Cereais, Gustavo Idígoras, disse que "Os sindicatos interpretam as coisas de forma diferente e isso faz com que tenhamos 8.000 camiões parados nos portos".
O empresário disse que “estamos aguardando que o Ministério do Trabalho emita uma conciliação obrigatória” porque, alertou, A greve coloca em risco “o carregamento de 18 navios com 2,2 milhões de toneladas de grãos, o que se não for cumprido significaria que a Argentina entraria na lista de países fora do sistema, já que não pode operar, além das multas".
Ele também enfatizou que "há alguns dias foi acordado um protocolo de saúde elaborado pelo sindicato, então não sabemos realmente o que está acontecendo".
Fonte: Telam
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