Uma greve iniciada nesta terça-feira (15.04.2025) pelo Sindicato Único dos Trabalhadores das Alfândegas da República Argentina (Supara) gerou grande preocupação em setores ligados ao comércio exterior. A greve, que vai durar até às 19h. nesta quarta-feira, será repetido nos dias 29 e 30 de abril como parte de um plano de protesto.
Diante deste cenário, o Câmara Argentina de Comércio e Serviços (CAC) Ele expressou sua preocupação com a paralisação que afeta as operações da Alfândega em todo o país e alertou sobre as consequências negativas que essa medida tem para o desenvolvimento do comércio exterior argentino.
Em um comunicado, a agência alertou que "a greve em andamento está impactando negativamente as operações de importação e exportação, causando atrasos, custos excessivos e incerteza em setores-chave da economia".
Segundo relatos, a paralisação das operações está causando a realocação de turnos nos terminais portuários e de carga aérea, resultando em aumento nos custos logísticos. Da mesma forma, observa-se ""não cumprimento dos prazos de entrega que afetam a confiabilidade do país como fornecedor internacional" e "atrasos no desembaraço aduaneiro de insumos essenciais para a indústria local", o que pode impactar diretamente a produção.
Do CAC salientaram que "Esse tipo de ação é particularmente inoportuna em um momento em que a Argentina caminha para uma maior abertura e integração com o mundo", referindo-se ao recente processo de liberalização do mercado de câmbio.
Além disso, a entidade alertou que a continuidade da medida poderia "gerar impactos adversos nos preços dos produtos importados, dificultando a trajetória de queda da inflação que o país vem registrando no último ano.”
Por todas as razões acima expostas, o CAC apelou às partes envolvidas para que "Canalize suas demandas por meio do diálogo, evitando medidas contundentes que prejudiquem o desenvolvimento econômico do país.".
Por fim, propôs que “a atividade aduaneira seja considerada para declaração como serviço essencial”, a fim de “garantir sua continuidade operacional e evitar maiores prejuízos ao comércio exterior”.