A Direção Geral das Alfândegas (DGA), dependente da Administração Federal de Receitas Públicas (AFIP) constatou, através de trabalho de inteligência, uma manobra de subfacturação das exportações superior a 30%, realizado pelo principal fornecedor de bagaço de soja do país.
A agência entrou com uma queixa na Justiça Federal, segundo nota divulgada nesta quinta-feira (27.101.2022). Cinco casas também foram invadidas e pessoas estão detidas pelos tribunais. O Tribunal Federal de Gualeguaychú, chefiado pelo Dr. Hernán Viri, está envolvido.
A empresa, que foi responsável por 42% das exportações de bagaço de cana do país entre 2020 e 2022, vendeu para uma empresa uruguaia pertencente ao mesmo grupo econômico.

O bagaço é um subproduto obtido após o processo de extrusão e prensagem da soja, que produz um concentrado com significativo teor de proteína, geralmente entre 40 e 47% sobre matéria seca" e é utilizado especialmente para ração animal.
De acordo com a declaração da Alfândega, "Pelo menos US$ 1.270.000 foram deixados ilegalmente no exterior", representando mais de US$ 190 milhões.
Agentes especializados da agência chefiada por Guillermo Michel determinaram que as vendas da empresa foram feitas para uma empresa uruguaia que pertence ao mesmo grupo econômico da primeira.
A DGA declarou que “O esquema detectado pela investigação aduaneira é grave não só na atual situação de escassez de divisas, mas também gera concorrência desleal com outros produtores da mercadoria em questão, tanto argentinos quanto uruguaios.".
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