A Direcção-Geral das Alfândegas (DGA) impediu dois frigoríficos de exportarem cortes de carne que não são permitidas pelo Decreto 408/2021, que restringiu os embarques para o exterior em 50% até 31 de outubro e proibiu a exportação dos cortes mais consumidos no mercado interno.
Segundo a organização argentina liderada por Silvia Traverso em comunicado, “As operações que tentaram contornar as regulamentações atuais tinham como destino a China.”
A este respeito, afirmou que “Os frigoríficos acusados falsificaram suas declarações e rótulos de embalagens para enviar cortes de carne não autorizados para a China.”
"As empresas relataram a suposta exportação de quartos dianteiros ainda incompletos, quando na verdade eram fraldinha e lombo, cortes cuja venda ao exterior foi interrompida como parte das medidas do Governo para proteger o mercado interno", destacou a Alfândega.
Além disso, A agência impediu uma empresa de realizar exportações que excedessem a cota autorizada.
Além de impedir a exportação dessas remessas da Argentina, a Alfândega denunciou os exportadores pelas violações.
No primeiro caso, o alegada declMedições imprecisas, totalizando 44.525 quilos, foram realizadas pelas unidades de processamento de carne Offal Exp e Madeka.
A Alfândega detectou e informou que essas empresas tentaram exportar cortes de carne simulando outros cuja venda ao exterior não está amparada pelas medidas estabelecidas pelo governo nacional, como parte de sua política de garantia de abastecimento do mercado interno.
A outra operação onde foram detectadas irregularidades corresponde a um frigorífico que tentou retirar do país 10% a mais do que a cota permitida na guia de embarque.
Agentes aduaneiros inspecionaram a mercadoria em um armazém em Campana, na província de Buenos Aires, e denunciaram o frigorífico Alberdi pelas violações.

Durante a vistoria, foi constatado que havia um palete extra, com quase 2.000 quilos de aparas de carne que não estavam declaradas nem na guia de embarque nem na documentação comprobatória.
Por esta manobra, a mercadoria foi bloqueada de sair do país.
Essas manobras, que buscam exportar driblando as regulamentações atuais, se somam às identificadas há dias pela Alfândega quando foi constatado que as fábricas de processamento de carne Login Food, Alberdi, Black Bamboo e Exportmeat tentaram vender cortes de carne não permitidos para a China. , de acordo com o decreto 408.
A verificação do entreposto fiscal e do exportador pela DGA permitiu detectar, por exemplo, que a remessa da empresa Black Bamboo rotulada como "ponta de osso lombar" era, na verdade, "torrada", corte proibido pela regulamentação em vigor.
Por meio da DGA, a Administração da Receita Pública Federal (AFIP) atua de forma coordenada com os Ministérios do Desenvolvimento Produtivo e da Agricultura.
Ao longo deste ano, a Alfândega estabeleceu valores de referência para a exportação de 28 cortes de carne bovina.
Os valores de referência são uma ferramenta que permite detectar potenciais manobras de subfaturamento nas exportações, que busca desmantelar possíveis manobras de sonegação fiscal e práticas abusivas que afetam a entrada de moeda estrangeira no mercado de câmbio.
No final de maio, Traverso também relatou 19 frigoríficos que realizaram operações fraudulentas de exportação de carne.
O total de multas impostas pela agência chega a quase US$ 6 milhões.
Além das medidas adotadas pela Alfândega, há inspeções iniciadas pela Direção Geral de Impostos (DGI), chefiada por Virginia García, nas 150 maiores unidades de processamento de carne do país, onde foram identificadas subfaturamento ou não declaração de operações em 9 de cada. 10 dos estabelecimentos controlados.
Fonte: Telam
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