Centenas de agentes de fronteira de países latino-americanos participaram do workshop sobre “Gestão coordenada de fronteiras e facilitação do comércio por meio da segurança da cadeia de suprimentos”, que foi realizado virtualmente nos dias 17, 19 e 21 de outubro.
A iniciativa, promovida pelo Comitê Interamericano contra o Terrorismo (CICTE) da Organização dos Estados Americanos (OEA) e pelo Sistema Econômico Latino-Americano e do Caribe (SELA), buscou principalmente compartilhar experiências regionais que promovam e incentivem a coordenação e a cooperação na implementação de padrões internacionais relacionados à segurança da gestão de fronteiras.
Fortalecer essa tarefa, que envolve a coordenação dos serviços públicos e do setor privado para melhorar o controle fiscal, a segurança nas fronteiras e a facilitação do comércio, bem como o trânsito de pessoas, é um dos atuais desafios regionais que deve ser feito de forma conjunta.

Para tal, o Secretária Executiva Adjunta do Comitê Interamericano contra o Terrorismo (CICTE), Violanda Botet, encerrou o evento resumindo o encontro e destacando os comunicados feitos na abertura pelo Secretário Adjunto da OEA que os resultados gerados no workshop servirão de base para a próxima reunião com as autoridades de controle de fronteira dos Estados membros da OEA, prevista para 2023.
Botet também destacou as palavras de Secretário Permanente da SELA referindo-se à importância da cooperação internacional e interinstitucional. Neste contexto, comentou que as autoridades aduaneiras do Uruguai e da Guatemala anunciaram no primeira sessão suas experiências nacionais e regionais em segurança da cadeia de suprimentos, bem como sua projeção e desafios no controle de fronteiras.
A gestão coordenada de fronteiras abrange todas as fronteiras, sejam terrestres, marítimas, aéreas ou internas, como um todo interconectado. A este respeito, as autoridades aduaneiras dos países acima mencionados salientaram que para um comércio seguro “as zonas francas são essenciais”. Enquanto isso, Antígua e Barbuda – um dos treze países que compõem a América Insular – compartilhavam as ameaças e os riscos à proteção marítima, como o tráfico ilícito e a pesca ilegal.
La segunda sessão do workshop foi dividido em cinco grupos, continuou o Secretário Executivo Adjunto do CICTE. Ele primeiro grupo focado na conscientização do setor privado por meio do Programa Operador Econômico Autorizado. A cooperação aduaneira com as empresas é “essencial” para oferecer um alto nível de garantias de segurança no que diz respeito à sua missão na cadeia logística.
Ao mesmo tempo, segundo grupo focado na coordenação entre alfândegas e outras agências públicas envolvidas no comércio internacional e na segurança da cadeia logística. Os participantes destacaram três pilares fundamentais das alfândegas: facilitação do comércio, controle de entrada e saída de mercadorias e cobrança. Assim, a Administração Nacional Aduaneira do Panamá desenvolveu os avanços na integração e facilitação do comércio na região da América Central e destacou como a digitalização tem sido uma ferramenta fundamental para os procedimentos aduaneiros.
Além disso, o grupo três focado no fortalecimento da segurança da cadeia de suprimentos e na melhoria da facilitação do comércio. Para tanto, utilizou-se como ilustração a experiência da Colômbia, destacando-se as seguintes conclusões:
• Importância do compromisso com o acordo de facilitação da OMC,
• Medidas necessárias para superar a crise causada pela pandemia
• Aprofundar o programa de Operador Econômico Autorizado (OEA)
• Benefícios dos acordos de reconhecimento mútuo
• Planos para micro, médias e grandes empresas exportadoras
• Estratégia abrangente contra o tráfico de drogas.
El quarto grupo focado na segurança abrangente das fronteiras com foco na facilitação do comércio por meio da segurança da cadeia de suprimentos. Nesse sentido, foram analisados projetos de tecnologia da informação para melhorar a integridade e a inclusão social. A plataforma oferecida pela Organização Mundial das Alfândegas e alguns participantes também compartilharam suas experiências com esse objetivo.
Finalmente - concluiu Botet - o grupo cinco focado na cadeia de suprimentos e na comunidade portuária. Para isso, fomos convidados a mudar o pensamento de que “nada nunca acontece” e fomos incentivados a cumprir os procedimentos estabelecidos em acordos internacionais, que asseguram a circulação de mercadorias com o objetivo de facilitar o comércio. As etapas necessárias para a proteção do porto também foram revisadas.
O evento destacou a compromiso OEA-CICTE promoverá o intercâmbio de experiências e melhores práticas em segurança da cadeia de suprimentos, proteção marítima e gestão integrada de fronteiras. Ele também destacou o espírito de cooperação dentro da própria Secretaria-Geral da OEA e a importância de colaborar com organizações regionais como o Sistema Econômico Latino-Americano e do Caribe (SELA).
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