O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Ernesto Araújo, descreveu o acordo de livre comércio que está negociando com o governo Donald Trump como um "Santo Graal" na sexta-feira (13.09.2019) e disse que ele será anunciado "em breve", embora ainda não haja uma "data específica".
«EEstamos muito mais próximos de um acordo comercial (...) Estamos chegando mais perto disso, talvez seja o Santo Graal da política externa brasileira, pelo menos para o setor privado que há muito sonha com algum tipo de pacto entre EUA e Brasil."Araújo disse em entrevista coletiva.
Araújo destacou essas negociações comerciais como a maior conquista de sua visita de três dias. para Washington, onde se encontrou com seu colega americano, Mike Pompeo, bem como com importantes representantes econômicos, como o ministro do Comércio, Wilbur Ross, e o conselheiro econômico da Casa Branca, Larry Kudlow.
Não obstante, O chanceler reconheceu que ainda não há uma "data específica" para anunciar o acordo e não um texto com as novidades da relação comercial.
Ele explicou que os governos de Trump e Jair Bolsonaro estão negociando “em termos genéricos” e que, por enquanto, O objetivo é estabelecer cotas para a troca de bens específicos, como carne e aço, para posteriormente definir um acordo que elimine ou reduza substancialmente as tarifas.
«EEstamos elaborando um pacote muito interessante na área comercial seguindo a diretriz dos presidentes que querem avançar para um acordo de livre comércio., frisou Araújo.
Em linha com o que foi explicado pelo político brasileiro, Pompeo prometeu hoje que Washington "aumentará" as trocas econômicas com o gigante sul-americano.
«Todos os esforços do Brasil dão aos EUA grande confiança para cooperar de novas maneiras. Vamos aumentar nossa relação comercial, que já vale 100.000 bilhões de dólares anualmente."Pompeo disse a repórteres no Departamento de Estado.
Atualmente, o Brasil e os EUA têm um acordo comercial assinado em 2011, mas que não acabou com os impostos cobrados sobre mercadorias que cruzam a fronteira.
De acordo com o Escritório do Representante Comercial dos EUA (USTR), o comércio de bens e serviços entre Washington e Brasília totalizou US$ 103.900 bilhões em 2018.
assim Pompeo e Araújo presidiram uma reunião estratégica de alto nível no Departamento de Estado na sexta-feira que não era comemorado há sete anos.
Este é, concordaram ambos os ministros das Relações Exteriores, um exemplo da "visão comum" que a extrema direita Trump e Bolsonaro assinaram em seu primeiro encontro na Casa Branca em março, quando prometeram marcar a política americana com sua fervorosa oposição ao socialismo.
Na reunião de hoje, Pompeo e Araújo se comprometeram a promover o desenvolvimento da iniciativa privada na Amazônia, devorado pelo fogo nas últimas semanas.
Especificamente, ambos os homens delinearam uma iniciativa que Trump e Bolsonaro já haviam delineado em março, destacando a criação pelos Estados Unidos de um fundo de US$ 100 milhões para que, por 11 anos, o Brasil possa promover a biodiversidade da maior floresta tropical do mundo.
Nenhum dos representantes do Itamaraty especificou quando os fundos seriam desembolsados ou qual seria seu uso específico.
Em declarações aos jornalistas, Araújo apenas insistiu que os incêndios na Amazônia são uma questão do Brasil e não de outras nações, que ele acredita estarem interferindo na "soberania" do gigante sul-americano quando sugerem tomar medidas em nível internacional.
A equipe de Bolsonaro tem se mostrado muito cética em relação a governos como o francês que colocam a questão da Amazônia na agenda global. O presidente francês Emmanuel Macron chamou a atenção para a crise ambiental na cúpula do G7 em Biarritz, França, no final de agosto.
Dando um empurrãozinho em Bolsonaro, a Casa Branca já disse que não concorda com a iniciativa de Macron.
Brasil e Estados Unidos, os dois países mais populosos das Américas, vivem um novo episódio em suas relações bilaterais sob os governos Trump e Bolsonaro.
Trump designou o Brasil como um aliado militar estratégico dos EUA fora da OTAN, permitindo uma cooperação militar mais profunda com aquela nação.
Além disso, ambos os países mantêm uma forte aliança em sua política em relação à Venezuela, onde estão liderando uma campanha para depor o presidente Nicolás Maduro e substituí-lo pelo líder da oposição Juan Guaidó, reconhecido como chefe de Estado interino por cinquenta nações.
Fonte: Reuters
Hoje, o ministro @ernestofaraujo Sou Secretário de Estado dos EUA, @SecPompeo, se reunirão em Washington para o 1º Diálogo de Parceria Estratégica #EUA ?? -#Brasil ?? entre as duas administrações.
Assistir ao vídeo do comunicado à imprensa? https://t.co/zHAbBrrKk4 foto.twitter.com/4wSNA164Si
— Itamaraty Brasil?? (@ItamaratyGovBr) 13 de Setembro de 2019
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