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IA melhora processos alfandegários e impacta agricultura, diz painel da OMC

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Em painel realizado nesta quinta-feira (21.11.2024) pela Organização Mundial do Comércio (OMC), especialistas internacionais analisaram como a inteligência artificial (IA) pode auxiliar nos procedimentos aduaneiros e impactar positivamente a agricultura. Arti Gobind Daswani, Analista de Política Comercial - OMC - Ele abriu o debate destacando como a IA pode otimizar os processos alfandegários, fortalecer as cadeias de suprimentos e contribuir para a segurança alimentar.

Valentina Ferraro, Gerente de Projetos Alfândega Inteligente da Organização Mundial das Alfândegas, Ele comentou que este projeto é voltado para tecnologias disruptivas, com foco particular em inteligência artificial (IA), computação em nuvem e blockchain. Ele enfatizou que - no campo da IA ​​- o setor agrícola tem grande potencial para se beneficiar das mesmas aplicações de inteligência artificial que outros setores, desde que essas soluções sejam devidamente implementadas nas administrações aduaneiras dos países-membros.

No entanto, “tudo dependerá do escopo dos projetos de inteligência artificial e do nível de colaboração entre a alfândega e outras agências relevantes”, enfatizou. Em termos gerais, a aplicação da IA ​​pode ser agrupada em categorias. Algumas administrações se concentram na prestação de serviços, buscando agilizar as respostas. Por outro lado, a automação de tarefas repetitivas, como correspondência de documentos, é uma aplicação fundamental. Ele também enfatizou a necessidade de fortalecer as capacidades analíticas, particularmente em relação à detecção de problemas técnicos.

“Se quisermos ser mais específicos e focar no setor agrícola, poderíamos propor uma ferramenta para classificar mercadorias, um aspecto crucial quando os produtos cruzam fronteiras.” Ele também sugeriu a implementação de um sistema de gestão de cotas, o que também é de grande importância para o setor.

Por outro lado, Ferraro comentou que a aplicação da janela única é uma medida promovida para facilitar o cumprimento dos requisitos sanitários e fitossanitários de produtos agrícolas. Entretanto, sua implementação depende da maturidade de cada sistema e deve ser avaliada caso a caso.

O representante da OMA esclareceu: “Nem todas as administrações têm o mesmo nível de desenvolvimento na janela única, nem o mesmo grau de colaboração com outras organizações nas fronteiras”.

“No entanto”, continuou ele, “a implementação de sistemas inteligentes tem sido crucial em vários países para enfrentar os desafios na área da segurança alimentar e vegetal. Ele citou exemplos proeminentes, como o de China, onde o uso de tecnologias avançadas tem permitido combater eficazmente a fraude na segurança alimentar, uma questão de grande relevância tanto para a saúde pública como para o comércio internacional. Em Estados Unidos, o movimento em direção a uma rastreabilidade mais precisa está sendo facilitado pela colaboração interinstitucional entre várias agências governamentais, o que garante melhor supervisão e controle de produtos importados e exportados.

E em Brasil O Ministério da Agricultura implementou inteligência artificial para gestão de riscos, uma iniciativa que não apenas otimiza os processos internos, mas também se integra eficientemente ao balcão único. “Essa integração contribui para uma gestão mais segura e ágil, melhorando a segurança do comércio exterior e reduzindo o tempo de espera na alfândega.”

A gerenciamento de riscos, a inteligência artificial também desempenha um papel crucial, especialmente em áreas como reconhecimento de imagem. Outras aplicações dentro das principais áreas de melhoria identificadas são o desembaraço ágil de mercadorias e a otimização de competências técnicas em processos aduaneiros.

Ferraro, com outros exemplos, ilustrou alguns benefícios concretos que a inteligência artificial está gerando nas alfândegas. Um caso proeminente é o dos costumes de 香港, onde a experiência do usuário foi melhorada. Em IndonésiaPor exemplo, foi observada uma diminuição no número de reclamações. Também, em Equador uma redução significativa nos tempos de despacho foi alcançada.

O painel contou com a presença de Eva Siegener, pesquisadora da DG SANTE da Comissão Europeia, e Vincent Martin, diretor do Escritório de Inovação (IN) da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO). 

A sua presença marcou o compromisso interinstitucional partilhado nesta área, no âmbito da conferência da OMC e da apresentação do relatório "Como a IA molda e é moldada pelo comércio internacional", transmitido via zoom.

Você pode acessar o denunciar.

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