O comércio entre Argentina e Brasil apresentou aumento significativo em setembro de 2024, com as exportações argentinas atingindo USD 1272 milhões, tem 29,2% mais em relação a setembro de 2023, segundo o relatório da Câmara de Comércio Argentina (CAC).
Esta ascensão, que representa a quarto mês consecutivo de variação positiva, foi impulsionado principalmente pelas vendas de trigo e centeio não triturados, veículos automotores para transporte de mercadorias, automóveis de passeio e peças e acessórios para veículos automotores.
Por outro lado, as importações argentinas do Brasil também apresentaram um crescimento interanual de 25,4%, totalizando USD 1454 milhõese. Entre os produtos mais importados estavam veículos de passeio, veículos para transporte de mercadorias, energia elétrica e veículos rodoviários.
Apesar do aumento das exportações, a Balança comercial da Argentina com o Brasil foi negativo, registrando um déficit de USD 182 milhões em setembro. Esse desequilíbrio faz parte de um contexto em que o comércio acumulado entre os dois países nos primeiros nove meses de 2024 também deixou um saldo negativo de US$ 56 milhões para a Argentina. No entanto, as exportações argentinas cresceram 7,3% neste ano, enquanto as importações do Brasil diminuíram 28,4%.
Argentina continua sendo o principal parceiro comercial do Brasil
O relatório destacou que a Argentina continua sendo um dos principais parceiros comerciais do Brasil, classificando-se no terceiro lugar entre seus maiores fornecedores, com exportações no valor de US$ 1.272 bilhão. Só é superado pela China, Hong Kong e Macau (US$ 5.778 milhões) e pelos Estados Unidos (US$ 3.805 milhões). Da mesma forma, a Argentina ficou em terceiro lugar como destino dos produtos brasileiros, atrás da China, Hong Kong e Macau (US$ 7.560 bilhões) e dos Estados Unidos (US$ 3.263 bilhões).
Dinâmica do comércio internacional do Brasil
No contexto global, as exportações do Brasil para o mundo cresceram apenas 0,3% em setembro de 2024 em relação ao mesmo mês do ano anterior, atingindo US$ 28.789 milhões. Já as importações totais do Brasil registraram alta mais acentuada, de 19,9%, totalizando US$ 23.426 milhões. Apesar deste aumento nas importações, o Brasil manteve uma Superávit comercial de USD 5363 milhões em setembro, dando continuidade a uma sequência de 32 meses consecutivos de resultados positivos.
Em relação às expectativas de crescimento, o Banco Central do Brasil ajustou suas projeções para 2024, elevando a previsão de crescimento econômico de 2,68% para 3%. No entanto, também revisou para cima suas expectativas de inflação anual, que subiram de 4,30% para 4,38%. Além disso, é esperado um aumento na taxa de juros Selic, que pode chegar a 11,75%, acima do patamar atual de 10,75%.
Esses dados do CAC refletem uma dinâmica comercial ativa entre Argentina e Brasil, embora com um saldo que ainda deixa um saldo negativo para a Argentina. O fortalecimento de setores como o automotivo e o de energia, somado às expectativas de crescimento do Brasil, podem influenciar a evolução do comércio bilateral.
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