O Diretor Geral de Alfândega, Dr. Eduardo Mallea, participou nesta segunda-feira (30.09.2024/XNUMX/XNUMX) da Comissão de Tributação Aduaneira da Associação Argentina de Estudos Fiscais (AAEF), onde detalhou as principais iniciativas de sua gestão para otimizar o serviço aduaneiro de país. Durante seu discurso, Mallea destacou que a estratégia se baseia em quatro pilares fundamentais: facilitação do comércio, controle, abertura ao mundo e integridade institucional.
O Diretor destacou que diversas ações já estão sendo implementadas para fortalecer a abertura da Argentina para o mundo. Em junho, ele teve a oportunidade de comparecer à Organização Mundial das Alfândegas (OMA), onde participou de duas sessões: uma no órgão político e outra no Conselho, que representa todas as Administrações Aduaneiras membros. Durante esta reunião, ele pôde interagir com diferentes autoridades alfandegárias de várias nações.
Foram realizadas reuniões com representantes alfandegários de países como Alemanha, Austrália, Israel e Reino Unido. No caso dos Estados Unidos, está sendo avaliada uma possível troca de informações sobre passageiros e cargas. Para progredir nessa questão, o Diretor tem mantido reuniões frequentes com o Departamento de Segurança Interna daquele país. Ele também se reuniu com representantes da Câmara Canadense e da Embaixada Chinesa para discutir outras questões de interesse mútuo.
Ele também participou recentemente da reunião anual do COMAEP em Valência, Espanha, onde questões foram levantadas com autoridades alfandegárias na América Latina, Espanha e Portugal. Esta série de reuniões reflete uma clara intenção de promover o comércio internacional, um esforço que foi bem recebido, já que - segundo o Diretor - a Argentina participou das reuniões de classificação tarifária da OMA apenas virtualmente.
Em relação a facilitação e controleO Diretor destacou a reativação de uma mesa interna aduaneira que inclui representantes de todas as subdireções, como técnico-jurídica, interior, metropolitana e controle. O objetivo desta mesa redonda é unificar não apenas critérios legais, mas também operacionais.
Entre as medidas adotadas, foi eliminado o controle prévio para exportação de equinos. Além disso, uma nova regra está sendo avaliada para lidar com as divergências na posição tarifária entre o certificado de origem do MERCOSUL e os importadores na Argentina.
Foram estabelecidas normas para transbordos marítimos no exterior, buscando unificar critérios.
Os primeiros passos também estão sendo dados na implementação da inteligência artificial, começando com um próximo contrato com o SENASA para classificação de peixes. Essa abordagem busca aprimorar a gestão de riscos, uma tendência crescente no mundo todo. "A intenção não é substituir os agentes aduaneiros, mas sim fornecer-lhes ferramentas que lhes permitam melhorar o seu trabalho de controlo", afirmou o Diretor.
Em relação aos valores de referência de exportação, foram eliminados todos aqueles relativos a mercadorias com imposto zero. Também estão previstas “mudanças substanciais” nos valores padrão e selos. "A Argentina não pode ter barreiras não tarifárias", enfatizou.
Relativamente aos critérios de classificação no âmbito dos autos de infração, a AFIP publica esta informação no seu sítio web, salvaguardando a respetiva confidencialidade.
O Diretor antecipou mudanças na regulamentação para facilitar a livre circulação de obras de arte e unificar o processo de exportação temporária. Da mesma forma, serão oferecidos maiores benefícios aos Operadores Econômicos Autorizados (OEA), como a redução das garantias exigidas para sua operação. Destacando a importância da OEA e o interesse em aumentar seu número. "Temos muito poucas OEAs no país", disse o Diretor. E comentou que estão trabalhando com o novo Diretor de Reengenharia de Processos Aduaneiros (Horacio Menem) e a Diretora Adjunta de Reengenharia de Processos Aduaneiros, Lic. María del Carmen Baratta, juntamente com Javier Ferrante, que é o Diretor Adjunto de Controle Aduaneiro. Ele também anunciou os próximos acordos internacionais sobre o programa da OEA, destacando a cooperação com Israel.
“Uma questão fundamental que queremos abordar é a integridade“, continuou o Diretor. Para o efeito, Marcos Russo foi nomeado para a Direção-Geral das Alfândegas (DGA). "Com ele, estamos analisando diversas questões relevantes."
Além disso, foram iniciadas discussões com a OMA para implementar novas ferramentas para promover a integridade. Atualmente, estamos colaborando com a Rede Anticorrupção Marítima, que foi criada em 2011 com um pequeno número de empresas e hoje conta com mais de 200. Esta rede teve uma experiência positiva com o SENASA.
Além disso, os canais de denúncia estão sendo revisados para garantir sua eficácia. É essencial que os usuários tenham conhecimento da existência de um canal gerenciado por terceiros, que lhes permitirá registrar reclamações com segurança.
O Diretor também abordou a questão da lavagem de dinheiro. Um especialista nesta área foi contratado da Direção Geral de Impostos (DGI) da AFIP para fortalecer as capacidades da Alfândega Argentina.
A alfândega também está trabalhando para reduzir o tempo necessário para resolver os casos. Para isso, a digitalização dos desafios relacionados a valores mobiliários começou e o próximo passo será abordar as repetições.
Por outro lado, a Direção Geral das Alfândegas está se concentrando na formação de funcionários em diferentes áreas.
Mallea destacou a relevância da moratória, uma das disposições da Lei 27.743 de “Medidas Fiscais Paliativas e Relevantes” que permite a regularização de dívidas aduaneiras, tributárias e previdenciárias vencidas até 31 de março de 2024. Destacou também a reativação do mesa de diálogo aduaneiro para promover maior intercâmbio entre os setores público e privado.
Com estas afirmações concluiu a sua dissertação intitulada “Desafios da Alfândega Argentina: Plano de Gestão e Objetivos» no âmbito da AAEF. Ele foi acompanhado pelos médicos Ofelia Seoane, Juan Patricio Cotter, Fernando P. Schettini e um ilustre público acadêmico.

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