A alfândega argentina especificou em relatório desta terça-feira (11.04.2023/XNUMX/XNUMX) os setores que tendem ao subfaturamento das exportações até agora neste ano.
Nas análises de risco realizadas durante 2023, “foi detetado 3.376 casos de subfaturamento de exportação de carne, feijão, medicamentos, açúcar, gorduras, óleos, farinha de carne, ossos, peles, couros, alho, cebola, azeitonas, sorgo, farinha de pellets, produtos químicos, dispositivos mecânicos, pesca, bagaço de pescada e soja”, segundo o relatório da Direcção Nacional das Alfândegas.
“Especificamente, a Alfândega alerta Superfaturamento de USD 73.921.273,61 nas exportações”, acrescenta o relatório..
Neste relatório, que lista os incidentes ocorridos neste ano, a alfândega argentina reconhece que, das operações em questão, declaradas em USD 227.411.185,46, Quase 1 em cada 4 dólares das manobras estudadas “não entrou no país corretamente”.
La maior irregularidade corresponde a categoria de óleos e gorduras, que relatou 357 transações no valor de USD 20.359.934,05. No entanto, com base na análise de bases de dados e no cruzamento de informações com outras alfândegas do mundo, o órgão chefiado por Guillermo Michel encontrou uma diferença de US$ 16.185.128,74 que não foi devidamente registrada nas exportações e que surpreendeu quem as analisou, pois representavam “ uma subfaturação de 44%", diz o relatório.

Além disso, a Alfândega considera que la maior lacuna em termos percentuais corresponde ao título incluído por produtos químicos e dispositivos mecânicos que, tendo registado 70 transações no valor de USD 3.565.752,80, deixou de reconhecer a faturação de USD 12.086.277,71: uma subfaturação de 77%.
A regularidade dessas manobras levou os analistas de risco aduaneiro a observar padrões de comportamento que são replicados de um operador para outro e que incluem práticas indesejáveis, como triangulações prejudiciais e vendas sucessivas fraudulentas.
O relatório afirma: “As operações tendem à utilização de um único (ou principal) cliente, de modo a simular uma compra e venda internacional triangular para justificar a diferença substancial entre os preços registados na Argentina e nos países de destino do produto. mercadoria". Ele também argumenta que “a manobra imprópria resulta em uma liquidação consideravelmente menor de moeda estrangeira”.
A Direcção Nacional das Alfândegas está a tentar alertar os comerciantes sobre a ilegalidade aduaneira e determinou algumas das indicadores de risco desenvolvido com base na análise sistêmica realizada.
Em detalhe:
- Intervenção de um terceiro operador sem substância econômica que, na maioria dos casos, acaba sendo o único cliente do exportador argentino.
- Margens em operações intermediárias que são extremamente desproporcionais às práticas comerciais normais.
- Preços internacionais de compra e venda divorciados das tendências de mercado, com diferenças substanciais em relação aos valores observados em transações comparáveis —ou mesmo em relação aos preços oficiais estabelecidos pelo Estado argentino para as exportações.
- Ausência de declaração de vínculos entre as empresas envolvidas na transação.
- Incapacidade de justificar a intervenção de uma terceira operadora, dado o histórico de vendas diretas da operadora argentina aos mesmos clientes com os quais, em determinado momento, passa a operar indiretamente.
- Participação de exportadores que não reúnem os requisitos de solvência financeira e, ainda assim, registram operações de curto prazo com volumes e valores significativos que não correspondem à sua capacidade financeira.
Assim, a Direção Geral das Alfândegas concebeu uma matriz de risco que lhe permite detetar operações irregulares, “o que tem resultado em inúmeras queixas contenciosas - ajuizadas em sede administrativa - e até penais - na esfera judicial", afirmou a entidade ao final do relatório.
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