O presidente da Argentina, Alberto Fernández, manifestou nesta terça-feira (17.12.2019) seu apoio ao acordo comercial assinado entre o Mercosul e a União Europeia (UE) «na medida em que esta decisão não afete» à indústria nacional, e optou por uma abertura a novos mercados que lhe permitirá «mais forte» atividade industrial.
«Não temos problemas com a adesão do Mercosul à União Europeia, desde que essa decisão não afete nossa indústria."Ele disse durante o lançamento do "Plano Estratégico Automotivo 2030", promovido pelo Sindicato dos Mecânicos e Trabalhadores Afins do Transporte Automotivo (Smata).
Ele garantiu que eO Mercosul, união formada pela Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai, deve ser um "espaço comum a partir do qual se pode enfrentar a globalização", um "fato irreversível» que deve ser assumido com «Inteligência".
Em junho passado, após 20 anos de negociações e com o conservador Mauricio Macri ainda como presidente da Argentina, o Mercosul e a UE selaram um acordo comercial que, para entrar em vigor, deve ser debatido e aprovado pelos parlamentos de cada país-membro.
«A globalização faz sentido se a indústria argentina for fortalecida. Vamos abrir os mercados na medida em que isso ajude a indústria a se fortalecer."acrescentou o peronista Fernández, que assumiu o cargo de chefe de Estado há apenas uma semana.
Para melhorar a situação da indústria, que segundo ele produz "um terço" do seu potencial, ele apontou um acordo entre "quem produz, quem investe e quem trabalha" para "encontrar o ponto de equilíbrio", no qual também quer que o Governo participe.
"O que eu prometo é que se eles nos derem um lugarzinho à mesa, nós nos reuniremos para que o Estado possa ajudar nesse plano."Ele disse.
Seu plano é "unir esforços para trabalhar juntos e, juntos, fazer o país avançar", lembrando que "4 em cada 10 argentinos" estão "imersos no poço" da pobreza.
«Isso não deve nos deixar dormir em paz, é o maior sinal de decrepitude que temos como sociedade", destacou sobre um problema que pretende resolver com um "contrato social fraterno" em que "todos temos que dar algo e onde no final todos ganharemos".".
Durante a apresentação, na qual esteve acompanhado por representantes do setor automotivo, ele destacou o papel que a atividade automotiva desempenha na indústria, apesar de até agora neste ano ter registrado uma contração em sua produção de 32,7%, segundo dados da Associação de Fábricas de Automóveis (Adefa).
«A indústria automobilística é o carro-chefe da indústria argentina, demos a ela muita importância«Ele concluiu.
Fonte: Reuters
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