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Detalhes das propostas do CAC submetidas ao Presidente da Nação

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O presidente Alberto Fernández recebeu esta manhã representantes da Câmara Argentina de Comércio e Serviços (CAC) na Residência Olivos com o objetivo de analisar a situação do setor durante o isolamento social, preventivo e obrigatório decretado pelo governo nacional para mitigar a circulação do novo coronavírus Covid-19. 

A reunião contou com a presença do presidente do CAC, Jorge Luis Di Fiori; Vice-presidentes Eduardo Eurnekian e Alberto Grimoldi e Tesoureiro, Víctor Dosoretz. 

O presidente foi acompanhado pelo Chefe de Gabinete, Santiago Cafiero; Secretário-Geral da Presidência, Julio Vitobello, e o assessor presidencial Juan Manuel Olmos. 

Os representantes do CAC apresentaram ao Chefe de Estado propostas baseadas em dois eixos. O primeiro refere-se ao possibilidade de estabelecer isolamento social seletivo, que permita um retorno gradual à atividade. Para este fim, foi proposto o seguinte.

  • Autorização de trabalho presencial apenas para trabalhadores, fora dos grupos vulneráveis, que residam, por exemplo, num raio não superior a 5 km do local de trabalho para a primeira fase, depois 20 km para a segunda, e assim sucessivamente.
  • Estabelecimento de horários especiais para evitar a geração de “rush hours” nos meios de transporte. Na primeira fase, jornadas de 6 horas e depois estendê-las gradativamente.
  • Flexibilização das restrições que afetam a logística do comércio eletrônico, fundamental neste momento como alternativa ao canal tradicional. É essencial permitir que os comerciantes se desloquem às suas instalações ou armazéns, com um número limitado de funcionários e sem serviço de atendimento ao cliente, para que possam vender e despachar encomendas diretamente através de um serviço de encomendas, correio ou carga autorizado.

Ao mesmo tempo, o CAC solicitou uma simplificação extensiva dos procedimentos burocráticos e uma abertura antecipada, pelo menos parcial, das agências bancárias, essencial para a realização de determinadas operações.

O segundo eixo, por sua vez, consistia em medidas de apoio financeiro e fiscal às empresas. Neste sentido, foi proposto:

  • Concessão de empréstimo direto e imediato, com taxa de juros zero, creditado nas contas-salário dos trabalhadores. O valor do empréstimo deverá ser equivalente à diferença entre o salário do trabalhador e o pagamento feito pela ANSES (Auxílio Salário Compensatório) ou pelo Ministério do Trabalho (Auxílio Repro emergencial à Emergência Sanitária), conforme DNU 332/2020, que cria o Programa de Auxílio Emergencial ao Trabalho e à Produção.
  • Adiamento dos pagamentos das contribuições pessoais e das contribuições e ART correspondentes aos salários de março e abril. Abertura de parcelamento para cancelamento em seis vezes com vencimento após 60 dias do término do período de isolamento.
  • Isenção de 100% das contribuições patronais sobre os salários de março e abril, prorrogável para os meses seguintes em função da evolução da pandemia e das suas consequências.
  • Adiamento dos vencimentos de impostos que estavam em vigor em abril nos três níveis de governo (IVA, imposto sobre débitos e créditos bancários, adiantamentos de lucros, renda bruta e impostos municipais).
  • Suspensão por dois meses de todos os regimes de arrecadação antecipada dos três níveis de governo (retenções e arrecadações).

 

 

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