O armazém franco do Paraguai no Porto de Buenos Aires foi realocado para facilitar as negociações após anos de negociações.
A transferência do antigo armazém de criação ao ar livre se deve à obtenção de um novo local a poucos metros do novo centro portuário da capital argentina, uma solicitação que vinha sendo feita desde 1997 e há três anos os presidentes de ambos os países concordaram com a medida.
O diretor da Administração Portuária Nacional (ANNP), Ramón RetamozoEle destacou que na década de 80 o Porto de Buenos Aires foi transferido para o oeste da cidade e a zona franca paraguaia ficou a 8,5 km do novo local.
“Desde 1997, havia uma demanda para mudar para o centro de operações e isso começou a ser negociado em 2017, como parte da agenda dos presidentes Cartes e Macri”, lembrou Retamozo.
Em junho de 2019, foi formalizada a nova localização do armazém free-range, que ficou a cerca de 80 metros do cais F, que é o cais destinado às exportações paraguaias, destacou o diretor.
Sobre a denúncia apresentada por um senador sobre suposta entrega de soberania, o diretor da ANNP disse que ela foi apresentada de forma irresponsável. Ao solicitar um relatório ao Ministério das Relações Exteriores sobre a transferência do antigo armazém, esta instituição afirma que não participou das negociações, por se tratar de uma questão técnica entre administrações portuárias, o que não significa que não tivesse conhecimento das negociações, como pretende dar a entender a denúncia veiculada pela mídia.
Parte da reclamação está sendo feita por um grupo de funcionários que estão descontentes com as medidas tomadas pela ANNP para informatizar a gestão, disse Retamozo à Rádio Nacional.
Após uma auditoria realizada em agosto de 2018, quando a nova administração assumiu o poder, foi detectado um esquema de sonegação fiscal portuária, especialmente nos terminais Pedro Juan Caballero e Villeta. Em resposta a isso, o departamento implementou o mesmo sistema de TI do Departamento de Alfândega e habilitou o pagamento de taxas pela web.
Isso levou a um superávit de receita em 2019 e ao descontentamento de um grupo de funcionários “que não passam de 15 a 20 pessoas” das 1.500 que compõem a administração dos Portos.
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