As promessas da China na sua primeira fase do acordo comercial de aumentar as compras aos Estados Unidos - que os especialistas já chamaram de "irrealistas" - serão ainda mais difícil de atender agora que o coronavírus está afetando a demanda e interferindo nas cadeias de suprimentos. No primeiro ano do acordo, que entra em vigor em meados de fevereiro, a China prometeu comprar US$ 76.700 bilhões adicionais em produtos dos EUA, além do que comprou em 2017, e US$ 123.300 bilhões adicionais no segundo ano.
Mas à medida que o novo coronavírus se espalha, O foco está no Artigo 7.6 do acordo, que afirma que os EUA e a China consultarão “no caso de um desastre natural ou outro evento imprevisível” atrasar o cumprimento do acordo por qualquer um dos países. «Obviamente isso terá algumas repercussões em toda a economia, o que esperamos que não iniba o objetivo de compras que temos para este ano.", disse o secretário de Agricultura dos EUA, Sonny Perdue, na quarta-feira (29.01.2020).
«Teremos que esperar para ver o que acontece. Mas a resposta honesta é que ainda não sabemos. Mas esperamos uma conclusão muito rápida", acrescentou. À medida que a perturbação económica causada pelo coronavírus se torna cada vez mais clara, Economistas elevam estimativas sobre impacto no crescimento do gigante asiático e do mundo. A Nomura International Ltd. observa que o impacto pode exceder o do surto de SARS de 2003.
Até agora, porém, as duas maiores economias do mundo parecem estar mais focadas em encontrar maneiras de prevenir a propagação da doença. «Os EUA e a China estão em estreita coordenação em torno do coronavírus e da proteção da saúde pública em ambos os países"disse o porta-voz da Casa Branca, Judd Deere. "O Presidente aprecia a cooperação do Presidente Xi", concluiu.
Fonte. Bloomberg
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