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CIARA é instada a defender industrialização da soja em referência ao aumento de retenções

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A Câmara da Indústria Petrolífera da República Argentina (Ciara) instou nesta quinta-feira (05.03.2020) a defender a industrialização da soja estabelecendo direitos de exportação que não punam a transformação e o emprego na Argentina, em referência ao aumento das retenções impostas hoje .

Indicou que o Decreto 230/2020 foi publicado hoje "eleva as alíquotas não só da soja, mas também da farinha e do óleo de soja, punindo, por meio do imposto sobre valor agregado nas exportações, a industrialização, o emprego e a maior geração de divisas para o país, sendo o primeiro setor exportador nacional e líder mundial nesses produtos processados".

Nesse sentido, ele destacou que o governo estabeleceu tarifas de exportação menores do que as de matérias-primas, para farinha de trigo, milho, amendoim beneficiado, peixe processado, entre outros, "visando gerar emprego e maiores exportações de produtos industrializados".

“É por isso - acrescentou - que propomos que o governo aplique uma tratamento fiscal igual "para recuperar a força da industrialização da soja em nosso país."

Para Ciara, “o governo tem o desafio de alcançar uma dívida externa sustentável”, embora tenha considerado “que isso deve ser feito numa lógica de construção e defesa da indústria nacional”.

"Os países concorrentes acolhem bem esta medida porque ela permitirá que a Argentina saia dos mercados compradores, instale plantas de moagem em outros países e aumente as exportações de soja não processada", alertou Ciara em um comunicado.

Ele citou como exemplo que “o processo de produção primária de soja, que fez com que sua venda como grão in natura para o exterior crescesse 140% no ano passado – segundo dados do Indec – ameaça o desenvolvimento do emprego, da industrialização do país e deprime preços locais para os produtores, reduzindo assim a exportação de produtos com maior valor agregado e consequentemente a maior renda em moeda estrangeira.

Ele indicou que “esta desigualdade fiscal, estabelecida há dois anos após décadas de promoção da industrialização na Argentina, Prejudica a diversificação das exportações para mais de 60 mercados".

Também afeta “a possibilidade de entrega anualizada de soja pelos produtores, critérios de qualidade e preço mais flexíveis em favor dos agricultores locais; a valorização internacional da qualidade dos produtos industrializados argentinos, a fidelidade de compradores em todo o mundo e a preponderância do país como principal exportador de farinhas e óleos proteicos de forma confiável e permanente."

Ciara enfatizou que “A cadeia de industrialização e exportação de produtos da soja gera efeitos positivos em outros elos industriais, em investimentos em portos e infraestrutura terrestre, ferroviária e marítima, bem como no enraizamento territorial nacional.".

Ciara pediu ao governo que "reveja esta medida à luz da defesa de uma indústria nacional que busca aumentar as exportações, diversificar mercados, expandir investimentos e proteger o emprego qualificado.

Por fim, a entidade considerou que “o desenvolvimento sustentável do país deve estar baseado em um plano de expansão agroindustrial exportadora, no qual queremos trabalhar com o governo nacional a partir de agora”.

Fonte: Telam

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