O presidente argentino Mauricio Macri disse estar "alarmado" e "comovido" com os incêndios na floresta amazônica e que a equipe de emergência do país está à disposição do Brasil e da Bolívia para combater as chamas.
"Os incêndios devastadores na principal reserva de oxigênio da região nos machucam, nos preocupam e tornam urgente oferecer nossa cooperação", disse Macri em sua conta no Twitter.
O presidente argentino também informou que entrou em contato com o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, para "acompanhar de perto o tratamento da emergência".
"Estamos comprometidos em ajudar nossos vizinhos a combater incêndios florestais", concluiu Macri.
A região amazônica foi responsável por mais da metade dos 71.497 focos de incêndio detectados no Brasil entre janeiro e agosto deste ano, um número 83% maior que o registrado no mesmo período de 2018, segundo dados divulgados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).
A Amazônia, considerada o maior pulmão verde do planeta, cobre quase 25% do continente americano e os múltiplos incêndios que se espalham por seu território têm um impacto especial no Brasil, mas também na Bolívia.
A causa dos incêndios que devastam a floresta amazônica não foi esclarecida, mas eles estão ligados à seca, à emergência climática e ao desmatamento causado pelo homem.
Bolsonaro deu a entender na quinta-feira que ONGs podem estar por trás dos incêndios na Amazônia, embora tenha admitido que essas são "suspeitas" sem provas.
Organizações ambientais, por sua vez, atribuem a catástrofe à "retórica antiambiental" do presidente brasileiro.
Ao lado de Macri, vários líderes mundiais se referiram aos incêndios na Amazônia, incluindo o presidente francês Emmanuel Macron, que disse que eles representam uma "crise internacional" e garantiu que o assunto será abordado com urgência neste fim de semana, durante a cúpula do G7 em Biarritz. (França).
Na América Latina, além da Argentina, os governos da Colômbia, Venezuela, Chile e Equador ofereceram sua ajuda para combater o desastre ambiental.
O governo colombiano propôs aos seus homólogos do Brasil, Bolívia, Equador e Peru realizar um projeto conjunto de prevenção para deter a tragédia ambiental que está devastando a floresta amazônica.
Fonte. EFE
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