O Senado chileno aprovou na terça-feira (04.09.2019) um acordo de parceria bilateral entre o Chile e o Reino Unido que protegerá os exportadores chilenos caso o Brexit finalmente se concretize, informou o Ministério das Relações Exteriores.
Este instrumento foi assinado entre ambos os países em janeiro deste ano em Santiago do Chile e, após ser aprovado em junho passado pela Câmara dos Deputados, ficou pronto para entrar em vigor após a aprovação do Senado obtida hoje..
O tratado transfere as condições do Acordo de Associação (AA) existente entre o Chile e a União Europeia (UE) para um acordo bilateral com o Reino Unido, que só entraria em vigor se houvesse o Brexit.
Dessa forma, se a saída do Reino Unido da UE for efetiva, os exportadores chilenos continuarão desfrutando dos benefícios que têm desde 2003 por meio do AA para poder acessar o mercado britânico preferencialmente, explicou o ministro das Relações Exteriores do Chile, Teodoro Ribera.
O ministro acrescentou que O acordo com o Reino Unido significa "proteger o comércio bilateral, as pequenas e médias empresas, as empresas exportadoras e, acima de tudo, salvaguardar empregos".
Ele também destacou que "o Chile se tornou o primeiro país do mundo a assinar tal acordo com o Reino Unido", quando ambas as nações o assinaram em janeiro passado.
No que diz respeito ao comércio de bens, o acordo mantém as mesmas preferências tarifárias para acesso de produtos chilenos ao mercado britânico.
Enquanto isso, as cotas permanecem as mesmas para carne bovina, de aves, de porco, de ovelha e de cabra.
Assim, contém uma cláusula evolutiva sobre produtos agrícolas, que estabelece que no prazo de dois anos, e posteriormente a cada dois anos, as partes revisarão a situação da liberalização tarifária dos produtos agrícolas, com a possibilidade de melhorar as condições e aproveitar ao máximo seu amplo potencial.
O comércio entre Chile e Reino Unido em 2018 atingiu 1.360 bilhão de dólares, o que representa 19% a mais que no ano anterior.
As exportações do Chile para o Reino Unido cresceram 17% (685 milhões de dólares) em 2018 em comparação ao ano anterior, compostas principalmente por frutas, vinho engarrafado e alimentos processados (excluindo salmão).
Enquanto isso, as importações aumentaram 21% no mesmo período (675 milhões de dólares) em comparação a 2017.
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