InícioComércioCEPAL: Exportações latino-americanas cairão 2,0% em 2019

CEPAL: Exportações latino-americanas cairão 2,0% em 2019

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As exportações da América Latina e do Caribe cairão 2,9% em 2019 devido ao complexo contexto internacional, estimou na terça-feira (29.10.2019) a Comissão Econômica para a América Latina (CEPAL).

Em seu relatório anual sobre Comércio Exterior, a CEPAL afirma que a região apresenta heterogeneidade por sub-regiões.

Enquanto isso, as importações do subcontinente devem cair 3,0% este ano.

Segundo a organização, o valor das exportações e importações está projetado para 2019 como consequência de um contexto internacional complexo, caracterizado por tensões comerciais, menor demanda global, crescente substituição de importações pela produção nacional em algumas economias, menor proporção da produção chinesa destinada à exportação, declínio das cadeias de valor e surgimento de novas tecnologias que impactam a própria natureza do comércio, entre outros fatores.

Exportações na América do Sul

No relatório Perspectivas Econômicas da América Latina 2019, a CEPAL indica que o desempenho do comércio regional mostra significativa heterogeneidade por sub-região.

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A América Latina apresenta uma contração no valor de seus embarques de -6,7%, muito superior à média regional. Isso é influenciado pela estagnação econômica que a sub-região atravessa — com projeção de crescimento de 0,2% em 2019, o que afeta negativamente o comércio intrarregional — e pelo alto peso dos produtos básicos na pauta de exportação, vários dos quais registraram quedas de preços. Apenas três países sul-americanos (Argentina, Equador e Uruguai) devem aumentar o valor de seus embarques em 2019, impulsionados pelo aumento nos volumes de exportação de suas commodities.

As outras regiões

Ao contrário da América do Sul, em 2019 a América Central, o Caribe e o México verão aumentos no valor de suas exportações (2,6%, 3,7% e 2,8% respectivamente). Isso reflete sua menor dependência de commodities e seus laços comerciais mais estreitos com os Estados Unidos, cuja demanda de importação tem demonstrado maior resiliência do que a de outros grandes mercados da região. Em particular, o México se beneficiou de oportunidades de substituir produtos chineses no mercado dos Estados Unidos e se tornou o parceiro comercial mais importante em 2019.

Dentro da região

O relatório indica que a fraca demanda em um contexto regional de crescimento muito baixo atingiu o comércio intrarregional de forma particularmente dura. Seu valor deverá sofrer uma contração de quase -10% em 2019, em contraste com os embarques para o resto do mundo, cujo valor teria uma variação próxima a 0%. “Isto é particularmente grave dado que o comércio intrarregional tem uma componente de produção muito superior às exportações para outros mercados, e também pela sua grande importância para as PME exportadoras”, explica o relatório.

"A situação nos obriga a repensar as estratégias de inserção internacional da região e a empenhar-se mais na promoção do comércio intrarregional.", disse Alicia Bárcena, Secretária da CEPAL, durante a apresentação.

   

 

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