InícioComércioBanco Mundial: Onda de dívida pode varrer economias emergentes

Banco Mundial: Onda de dívida pode varrer economias emergentes

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Uma onda de endividamento em países emergentes e em desenvolvimento cresceu mais rápido e significativamente do que em qualquer outro momento nos últimos 50 anos e pode desencadear outra crise, alertou o Banco Mundial na quinta-feira (19.12.2019).

E se essa onda quebrar, as consequências serão mais prejudiciais do que nunca, atingindo empresas privadas e governos em um momento de lento crescimento econômico, de acordo com um relatório que analisa os quatro principais surtos de dívida em mais de 100 países entre 1970 e 2018.

"O tamanho, a velocidade e a amplitude da última onda de empréstimos devem preocupar a todos nós", disse o presidente do Banco Mundial, David Malpass, em um comunicado.

"Claramente, é hora de corrigir o curso", acrescentou.

O Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional (FMI) vêm alertando há anos sobre o aumento da dívida global, mas o último relatório é ainda mais severo e insiste mais na necessidade de os governos agirem para evitar uma crise.

Segundo o FMI, a dívida global atingiu US$ 188 trilhões no final de 2018, o equivalente a quase 230% da economia mundial.

O relatório do Banco Mundial destaca o crescimento "impressionante" da dívida nas economias emergentes e em desenvolvimento, que é o "maior, mais rápido e mais extenso" nesses países nos últimos 50 anos.

Após uma crise financeira global de 2008, a dívida nesses países atingiu um recorde histórico de 170% do PIB ou quase US$ 55 trilhões em apenas oito anos a partir de 2010, aproveitando as taxas de juros muito baixas.

Grande parte desse crescimento veio da China, onde ultrapassou US$ 20 trilhões, mas Pequim também emergiu como um grande credor para países de baixa renda.

O relatório alerta que a atual onda de empréstimos "pode ​​seguir o padrão histórico e desencadear crises financeiras nessas economias", especialmente se as taxas de juros atingirem o pico ou se houver um choque global repentino.

Melhor gestão da dívida, cobrança de impostos mais eficaz, taxas de câmbio flexíveis e regras fiscais mais rígidas podem ajudar a evitar uma crise ou diminuir seu impacto, caso ela ocorra.

Fonte: AFP

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