As autoridades brasileiras aprovaram nesta segunda-feira (27.01.2020), sem restrições, a compra da fabricante de aeronaves Embraer pela americana Boeing, operação anunciada em julho de 2018, mas que ainda precisava de vários avais.
O órgão antitruste do Brasil, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE), decidiu que as duas empresas não competem nos mesmos mercados e que, portanto, o negócio não representa risco à concorrência.
Boeing e Embraer anunciam joint venture que resultará em uma nova empresa avaliada em US$ 4.750 bilhões e tem como objetivo combater a fusão entre as duas rivais de ambas, a europeia Airbus e a canadense Bombardier, que anunciaram um acordo no início de 2018.
A operação entre Boeing e Embraer terá duas etapas. No primeiro, a Boeing comprará 80% do capital da divisão comercial da Embraer, enquanto no segundo, será criada uma joint venture para produzir o cargueiro militar KC-390, o maior avião militar fabricado no Brasil.
Segundo o CADE, a operação trará benefícios à Embraer, “que passará a ser parceira estratégica da Boeing”. A cooperação tecnológica e comercial pode incentivar os setores de aviação executiva e defesa a permanecerem na Embraer.
A Câmara de Comércio dos EUA já havia aprovado a transação, que agora está requer uma garantia da União Europeia.
A Boeing é a maior fabricante de aeronaves do mundo, enquanto a Embraer é líder no setor de aviação regional, com aeronaves com capacidade entre 70 e 130 assentos.
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