A Argentina decidiu se retirar das negociações sobre acordos comerciais atuais e futuros no Mercado Comum do Sul (Mercosul), do qual é membro junto com Brasil, Paraguai e Uruguai, para se concentrar em sua política interna e responder à crise do coronavírus.
O Paraguai, como país que exerce a presidência pro tempore do bloco, anunciou nesta sexta-feira (24.04.2020/XNUMX/XNUMX) a decisão da Argentina por meio de Comunicado emitido pelo Ministério das Relações Exteriores do Paraguai.
«A República Argentina informou que adotou esta determinação em resposta às prioridades de sua política econômica interna, agravadas pela pandemia da COVID-19, e indicou que não será um obstáculo para que os demais Estados Partes continuem com os diversos processos de negociação.", explicou o Itamaraty na nota.
A delegação argentina comunicou esta decisão aos seus pares durante a reunião de Coordenadores Nacionais do Grupo Mercado Comum sobre relações externas, realizada nesta sexta-feira por videoconferência.
Mantém acordos fechados
O Ministério das Relações Exteriores do Paraguai garantiu que a saída da Argentina não afetará os acordos já concluídos nos últimos meses, especificamente os alcançados com a União Europeia no final de junho de 2019, após quase duas décadas de negociação, e com a Associação Europeia de Livre Comércio (EFTA).
"A República Argentina anunciou sua decisão de deixar de participar das negociações dos acordos comerciais em andamento e das futuras negociações do bloco, excluindo desta determinação aqueles já concluídos com a União Europeia e a Associação Europeia de Livre Comércio (EFTA)", acrescentou o comunicado.
No entanto, outras negociações, como as com Cingapura, Canadá, Coreia do Sul ou Líbano, serão realizadas na ausência da Argentina, de acordo com sua decisão.
O Paraguai e os demais países do Mercosul avaliarão "as medidas jurídicas, institucionais e operacionais mais adequadas" para garantir que a saída da Argentina dessas negociações não afete a integração comunitária.
Fonte: Reuters
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